A 30ª Edição do Festival Internacional de Cinema do Porto abriu portas no passado dia 26 de Fevereiro e prolongar-se-á até ao dia 6 de Março.
Em entrevista, Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura, afirma que se empenhará em "consolidar o projeto do Fantasporto" e ofereceu as instalações da futura Casa do Cinema do Porto, para a realização do festival.


Mais informações do Festival aqui.

[Pedro Maia]



Ainda no seguimento do ultimo post "Cultura e Tecnologia", fica aqui mais um bom exemplo de como a Internet, e neste caso especifico o Second Life, nos permite interagir com as várias vertentes culturais.

Fica aqui então a sugestão para visitarem o museu
Frank Lloyd Wright Virtual Museum no Second Life, que foi agora oficialmente reconhecido pela Frank Lloyd Wright Foundation. Podem obter mais informação no post do Paulo Frias no seu blog sobre o Second Life.

[Pedro Leite]

Hoje aproveito para deixar uma referência a uma iniciativa com a qual nos identificamos que é o projecto associativo do Cineclube da Maia, no qual um grupo de jovens, todos os últimos sábados do mês dá uma nova vida a uma espaço e através do cinema fomenta um espírito crítico com uma perspicácia temática e reflexiva da sociedade.
Desta forma, os 7 Devaneios vão embarcar neste desafio e presenciar com "O Despertar da Mente" e quem sabe abrir mais uma Porta à Cultura.

http://www.cineclubedamaia.org/



[Miguel Fonseca]


Não tenho dúvidas que cultura e desenvolvimento são dois conceitos análogos que, inevitavelmente, devem ser pensados como um só.
Em inúmeras intervenções tenho procurado relevar o papel do sector cultural na sociedade, bem como as suas mais-valias na construção das identidades, no reforço da cidadania e inclusão social, mas também na criação de riquezas.

Lamentavelmente, o reconhecimento da cultura como sector estratégico é um processo lento mas que ganha cada vez mais força junto das instituições do poder local e central.
Sensibilizar e educar para a cultura proporciona mais procura, tornando, ao mesmo tempo, o mercado cultural mais competitivo, mais dinâmico e mais eficiente. Acredito que, desta forma, o sector cultural possa auto-sustentar-se e ser decisivo no desenvolvimento social e económico do país.
Não podemos esquecer, no entanto, que a cultura é um bem público e, por isso, o Estado não deve desresponsabilizar-se.

[Ana Leite]




Correntes D'Escritas 2010, mais um excelente evento a estar atento. Decorrerá de 24 a 27 de Fevereiro na Povoa de Varzim.

Entre os 66 autores anunciados, faço destaque da presença do escritor espanhol Ricardo Menéndez Salmon, autor da já chamada "Triologia do Mal": "A Ofensa" ("La Ofensa" em espanhol), "Derrocada" ("Derrumbe") e "El Corrector" ainda sem tradução para português. Recomendo os três e já agora se puder, leiam em espanhol!

[Pedro Leite]


[Ana Moreira]

Tal como já tinha comentado no post da Ana Leite, não podia concordar mais com o post do Miguel Fonseca.
Cabe a cada um de nós, como pai, amigo, professor ou simples conhecido, fomentar o "bichinho" pela cultura, em todas as suas vertentes, para que as novas gerações não se percam no desinteresse apático já demasiadamente associado a essas mesmas gerações. Mais uma vez, como o Miguel refere, este processo pode e DEVE começar no lar e nas escolas.

Actualmente vivemos num mundo onde a informação é ubíqua e já não existem desculpas para "fugir" à cultura. Sem querer ignorar o triste facto de que a cultura continua a ser o "patinho feio" ao nível orçamental local e nacional, veículos como a Internet revolucionaram a nossa forma de interagir com as várias facetas da cultura. Temos acesso a concertos, visitas virtuais a museus, uma lista quase infinita de livros, e a possibilidade de um intercâmbio de ideias com o mundo inteiro. A titulo de exemplo fica aqui o link para um vídeo de um projecto realizado no Second Life onde podíamos, literalmente, entrar dentro de algumas das melhoras obras de Van Gogh.

Agora mais do que nunca, temos uma excelente porta para a cultura, e com a ajuda de pais escolas pretendemos abrir a mente de miúdos e graúdos.


[Pedro Leite]

Esta ligação que Ana Leite refere no post anterior entre cultura e educação só é possível através de experiências positivas proporcionadas e preparadas entre as instituições culturais, a escola e a família.
Antes de qualquer experiência é necessário que a figura do professor e da família desperte o bicho da curiosidade como se fosse um aquecimento para uma actividade.
Quanto à actividade desenvolvida pela instituição cultural terá que se adaptar ao grupo ou pessoa visada com experiências de toque, liberdade e criatividade.
Parte das sensações e emoções positivas que se consegue conquistar e formar novos públicos com verdadeiros desafios ao mundo da imaginação, evitando assim a "seca" num momento "fixe"!

[Miguel Fonseca]

[Fotografia de João Pádua]

Uma visão interessante de Leornardo Brant, no blogue "Cultura e Mercado", sobre a relação da educação com a cultura e, principalmente, sobre o papel que as escolas devem assumir nesta ligaçao. Aqui fica um excerto:

"A Internet, as redes culturais, a cultura colaborativa e a possibilidade de acesso ao conhecimento e exercício da expressão são elementos que não podem faltar ao cardápio educacional do país. As escolas precisam abrir suas portas para comunidades, deixando de ser prisões para transformar-se em equipamentos culturais, com projeções de filmes independentes, que abordem a complexidade humana, além dos mitos fabricados em Hollywood, peças de teatro e exposições, com programação das próprias comunidades e de outras, a partir de um sistema artesanal, simples e desburocratizado (quase tribal) de trocas e circulação de cultura. Enfim, precisa deixar de ser escola para se tornar ponto de cultura."

[Ana Leite]

Caros leitores,


Este espaço, para além de ser cartão-de-visita da nossa associação é, sobretudo, um espaço de debate e discussão. Pretendemos não só divulgar iniciativas culturais por nós promovidas, mas principalmente dar a conhecer episódios, ideias, esperanças ou até desilusões de profissionais da cultura, criadores. Queremos fomentar os comentários a esses testemunhos, discutindo oportunamente sobre o desenvolvimento de projectos e temas da actualidade.

Trata-se de uma plataforma de comunicação que nos vai possibilitar conhecer melhor todo o percurso das iniciativas culturais e das pessoas nelas envolvidas. E porque a cultura não escolhe nem idades, nem raças, nem ideologias, antes se alimenta destas diferenças, todos os devaneios serão aceites nesta viagem que agora iniciamos.

Sejam bem-vindos e sintam-se livres para devanear…