[Alto Douro Vinhanteiro]

No seguimento de uma série de posts que têm vindo a apresentar um conjunto de contributos para uma política cultural eficaz, hoje escrevo sobre a economia da cultura e a sua importância para o desenvolvimento económico do país, após ter relevado a democratização da cultura e formação de públicos.
Não querendo ter uma visão economicista para a cultura como se ela fosse um produto exclusivamente para comercializar, estou convicta de que a economia da cultura deve ser pensada para colmatar os constrangimentos económico-financeiros que actualmente sentimos. O recente estudo encomendado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, comprova que o sector cultural tem potencialidades e que, devidamente estimulado, pode gerar retorno económico. Segundo o estudo da União Europeia, “A Economia Cultural na Europa”, o sector cultural contribui mais para a economia dos 27 do que o sector automóvel. Por isso, as indústrias culturais e criativas podem dar um importante contributo na resposta a esta crise. Para tal, as políticas desenvolvidas devem passar pela profissionalização e qualificação dos agentes culturais, pela internacionalização dos nossos projectos e pela sustentabilidade dos mesmos.

[Ana Leite]

Esta banda é daqueles jokers que se sacam da manga quando se quer parecer conhecedor de música alternativa (agora diz-se indie). Soam estranhamente bem. Isto faz com que, por não soar bem à primeira e não cair num formato a que estejamos habituados, o ouvido rejeite para descansar. Os pormenores que fazem com que se continue a ouvir apesar da estranheza variam sempre, não são definíveis sequer dentro da mesma banda. Pessoalmente, com os Dirty Projectors, o que me fez continuar a ouvir foram as vozes das 3 raparigas e um som quase inumano, mecânico mas natural, por ser de guitarra. O vídeo também ajudou:



Sai tudo da cabeça do Dave Longstreth, um rapaz muito imaginativo que conseguiu por cá fora aquilo que ouve dentro da cabeça - não é fácil. Pelo que vim a saber nas primeiras pesquisas estão activos há 10 anos mas nunca ouvi falar neles, muito por causa da demasiada estranheza dos primeiros álbuns.
Outra característica interessante é o papel de vocalista que muda muito do Dave para as raparigas, descentralizando a atenção e desfazendo a ideia de uma personagem só na frente, a cantar. Apesar disso, se for necessário definir o vocalista, é mais ele do que elas.

Aqui vai outro vídeo que mostra a capacidade vocal da banda.
Está à venda por 10€ na fnac com um 2º CD do single.

[Rafael Ferreira]

Caso não possam estar presentes hoje, no espectáculo de abertura, amanhã será a oportunidade ideal para dançarem e descontraírem ao som dos Mundibaile, música folk que, antes da exibição de Tempos Modernos de Charlie Chaplin, promete criar um ambiente cultural muito agradável na freguesia de Vila Nova da Telha. Amanhã, dia 11!