Não tenho dúvidas que cultura e desenvolvimento são dois conceitos análogos que, inevitavelmente, devem ser pensados como um só.
Em inúmeras intervenções tenho procurado relevar o papel do sector cultural na sociedade, bem como as suas mais-valias na construção das identidades, no reforço da cidadania e inclusão social, mas também na criação de riquezas.

Lamentavelmente, o reconhecimento da cultura como sector estratégico é um processo lento mas que ganha cada vez mais força junto das instituições do poder local e central.
Sensibilizar e educar para a cultura proporciona mais procura, tornando, ao mesmo tempo, o mercado cultural mais competitivo, mais dinâmico e mais eficiente. Acredito que, desta forma, o sector cultural possa auto-sustentar-se e ser decisivo no desenvolvimento social e económico do país.
Não podemos esquecer, no entanto, que a cultura é um bem público e, por isso, o Estado não deve desresponsabilizar-se.

[Ana Leite]

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