O Verão chegou, o calor pede uns belos passeios e assim começa mais uma época de festivais de Verão.

Quer se aprecie ou não, é inegável o fenómeno "Festival de Verão", e principalmente nos últimos anos, constitui-se como uma importante fonte de receita para a industria cultural.

Há cerca de dez anos, o norte afirmava-se como ponto central dos festivais, albergando Paredes de Coura com o seu anfiteatro natural, Vilar de Mouros com o seu historial, Ermal num espírito mais alternativo, e outros (citando os mais conhecidos). A sul, o Sudoeste também se afirmou com uma paisagem invejável, e com um cartaz orientado para outros públicos.

No entanto, mais recentemente, vimos nascer um outro tipo de festival, mais "urbano", onde a localização tem um papel menos relevante, mas normalmente encontramos cartazes mais fortes, com mais nomes sonantes, e infelizmente, uma presença comercial mais aguerrida. Deste tipo temos o exemplo do Alive em Oeiras, o Marés Vivas em Gaia, e o Super Bock Super Rock no Meco.

Este ultimo exemplo, é um caso de metamorfose. Ainda me recordo do Super Bock Super Rock, quando havia um palco em Lisboa, Porto e Coimbra, e onde fui muito feliz a ver System of a Down em Coimbra. Portanto a gestão deste Festival soube-se adaptar às novas realidades, e realço que o cartaz deste ano é muito apelativo: Vampire Weekend, Beach House, Hot Chip, Grizzly Bear, Cut Copy, Keane entre muitos outros.

Pessoalmente, vivi uma experiência espectacular em Paredes de Coura no já longínquo ano de 2002, onde além de ter um cartaz que na altura agradava-me muito, acampei com um bom grupo de amigos, e vivi momentos que guardo com muito carinho. Esse é o verdadeiro espírito de um bom festival: boa música, férias, amigos e bom ambiente.

Actualmente, muitos optam ainda por este formato: fazer férias num festival. No entanto, começa cada vez mais a surgir o "festivaleiro diário", onde selecciona um dia especifico mediante o cartaz. Com o surgimento e reforço dos festivais mais urbanos, o espírito de campismo que encontramos no Sudoeste ou Paredes de Coura, tem se perdido. Reconheço a comodidade de ir ao recinto, e regressar novamente a casa. Penso que devem existir as duas realidades, até para os jovens com mais anos em cima, tendem a ter outras responsabilidades, e este formato acaba por ser uma boa oportunidade.

Mas, pessoalmente, recomendo que se viva pelo menos uma boa experiência de festival: juntar uns amigos, campismo e apreciar a boa companhia, o espírito, e claro está, boa música!

E tu? A que festival pensas ir, e em que formato? Opinem aqui e nas redes sociais!

[Pedro Leite]

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