Ainda com o cansaço de um longo fim de semana nos ombros, escrevo este post ao som da Even Flow dos Pearl Jam. No mês passado escrevi sobre os Festivais de Verão, e agora dou-vos a minha visão do primeiro festival que fui este ano.

Tal como escrevi no post anterior, podemos ver um festival, ou VIVER um festival, e de facto, com o passar dos anos e o acumular de responsabilidades profissionais, a minha estreia resumiu-se ao ultimo dia do Optimus Alive! 10. O dia de encerramento do festival contou com nomes como Pearl Jam, Gogol Bordello, LCD Soundsystem, Peaches, entre outros. Veredicto? ADOREI!

Apesar ter ido só um dia, e para muita pena minha, já que nos outros dias poderíamos ver bandas como Faith No More, Deftones e Gossip, gostei muito do festival. Tratou-se do meu segundo ano de Optimus Alive, já que estive presente na edição de 2008. Comparando as duas edições, apreciei a tentativa do terceiro palco que houve este ano, mas penso que na prática os resultados não foram positivos: houve um maior fluxo de pessoas, que juntando ao facto de o festival ter esgotado para esse dia, criou demasiado pó e demasiada confusão, para compensar as bandas "extra". Estranhamento, penso que há dois anos, sai do festival com a sensação de um maior número de bandas, com sets mais longos. Estranhei também a duração do concerto de Gogol Bordello, pois achei demasiado curto.

Claro, e criticas à parte (o sistema de som claramente não esteve ao nível de algumas bandas), o concerto de Pearl Jam foi soberbo, contagiante, energético: 45 mil pessoas a cantarem, fulmina qualquer espectador mais reticente. Admito que não sou um fã incondicional da banda, mas fiquei completamente rendido ao espectáculo. Sem dúvida algo que devemos ver durante a vida. O anuncio de Eddie Vedder, que seria "o último concerto durante muito tempo", só serviu para sublinhar a minha já enorme satisfação, de ter tido a oportunidade de os ter visto ao vivo.

Foi uma viagem longa (para um fim de semana), mas claramente valeu a pena. O campismo deixou muito a desejar, tal como à dois anos, mas, mais uma vez, valeu a pena!


Antes de voltar, ainda fiz uma rápida visita ao Museu Berardo, no CCB, e pude assim desfrutar das exposições, das quais destaco OSGEMEOS, que achei muito interessante. Trata-se de instalações de dois "irmãos brasileiros, Gustavo e Otávio Pandolfo (1974, São Paulo) conhecidos como OSGEMEOS, que estão envolvidos na criação dum mundo fantástico, cheio de histórias quotidianas em forma de poesia. A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias e museus partem da mesma inspiração onírica que existe dentro da mente destes irmãos gémeos, cuja obra é agora apresentada pela primeira vez em Portugal."

Infelizmente, dada a conjuntura actual, não sei até quando poderemos desfrutrar destas exposições, por isso aproveitem!

Concluindo: apesar de só ter ido ao dia final do festival, vivi-o sem dúvida, e recomendo que façam o mesmo. Aproxima-se Super Bock Super Rock, Paredes de Coura, e Sudoeste, por isso aproveitem, e vão! "A vida é demasiado curta para dizer que não".

Lamentos? Não ter ido os 3 dias!!


[Pedro Leite]

0 comentários

Enviar um comentário