[Alto Douro Vinhanteiro]

No seguimento de uma série de posts que têm vindo a apresentar um conjunto de contributos para uma política cultural eficaz, hoje escrevo sobre a economia da cultura e a sua importância para o desenvolvimento económico do país, após ter relevado a democratização da cultura e formação de públicos.
Não querendo ter uma visão economicista para a cultura como se ela fosse um produto exclusivamente para comercializar, estou convicta de que a economia da cultura deve ser pensada para colmatar os constrangimentos económico-financeiros que actualmente sentimos. O recente estudo encomendado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, comprova que o sector cultural tem potencialidades e que, devidamente estimulado, pode gerar retorno económico. Segundo o estudo da União Europeia, “A Economia Cultural na Europa”, o sector cultural contribui mais para a economia dos 27 do que o sector automóvel. Por isso, as indústrias culturais e criativas podem dar um importante contributo na resposta a esta crise. Para tal, as políticas desenvolvidas devem passar pela profissionalização e qualificação dos agentes culturais, pela internacionalização dos nossos projectos e pela sustentabilidade dos mesmos.

[Ana Leite]

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