Esta banda é daqueles jokers que se sacam da manga quando se quer parecer conhecedor de música alternativa (agora diz-se indie). Soam estranhamente bem. Isto faz com que, por não soar bem à primeira e não cair num formato a que estejamos habituados, o ouvido rejeite para descansar. Os pormenores que fazem com que se continue a ouvir apesar da estranheza variam sempre, não são definíveis sequer dentro da mesma banda. Pessoalmente, com os Dirty Projectors, o que me fez continuar a ouvir foram as vozes das 3 raparigas e um som quase inumano, mecânico mas natural, por ser de guitarra. O vídeo também ajudou:
Sai tudo da cabeça do Dave Longstreth, um rapaz muito imaginativo que conseguiu por cá fora aquilo que ouve dentro da cabeça - não é fácil. Pelo que vim a saber nas primeiras pesquisas estão activos há 10 anos mas nunca ouvi falar neles, muito por causa da demasiada estranheza dos primeiros álbuns.
Outra característica interessante é o papel de vocalista que muda muito do Dave para as raparigas, descentralizando a atenção e desfazendo a ideia de uma personagem só na frente, a cantar. Apesar disso, se for necessário definir o vocalista, é mais ele do que elas.
Aqui vai outro vídeo que mostra a capacidade vocal da banda.
Está à venda por 10€ na fnac com um 2º CD do single.
[Rafael Ferreira]
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